Sal de mesa ou sal marinho? Aprenda qual é a diferença: Essencial à saúde e um dos principais ingredientes da culinária, o sal deve ser usado com moderação

Quando você vai ao mercado para reabastecer a despensa, provavelmente espera encontrar apenas algumas variedades e marcas de sal, como o sal iodado (o que a maioria de nós conhece como "sal de cozinha") e sal kosher (um sal grosso que é popular entre os chefes de cozinha). Mas você também pode encontrar produtos como sal marinho ou "fleur de sel" e "sel gris" - que alguns gastrônomos afirmam ter gosto diferente do sal iodado.

Mesmo que você tente não usar muito sal, é quase impossível evitá-lo. Existem cinco sabores que todas as pessoas são capazes de sentir: amargo, doce, azedo, salgado e umami (que significa "sabor delicioso e apetitoso" em japonês). Apenas o "salgado" está diretamente relacionado a uma substância que precisamos consumir para que nossos corpos funcionem corretamente. Graças a essa necessidade, os humanos e os animais têm um paladar incorporado ao sal.

O sal é um ingrediente presente em muitas receitas, inclusive nas doces, porque os alimentos muitas vezes ficam "sem sabor" quando ele não é usado. O sal aumenta o sabor e equilibra o amargor e a acidez. Ele também tem muitas outras funções nas receitas, como regular a fermentação do fermento em pães e conservar carnes. Ele é conhecido como o "aditivo alimentar mais antigo do mundo", segundo insformações do Instituto do Sal.

Todo sal contém dois elementos básicos: sódio e cloro. Como os dois elementos são voláteis, eles são encontrados na natureza como parte de compostos como o cloreto de sódio (NaCl), que forma o mineral halita. O cloreto de sódio é formado por cerca de 60% de cloro e 40% de sódio.

Tipos de sal

As variedades de sal disponíveis para o preparo de alimentos podem ser impressionantes, mas todas elas se enquadram em quatro tipos básicos: sal de cozinha, sal marinho, sal kosher e sal de rocha. Os primeiros três tipos são sais para fins alimentícios.

Sal de cozinha - O sal de mesa é basicamente purificado a partir do sal marinho ou obtido de sal rochoso (halite), um mineral obtido por mineração de minas de sal. Este tipo de sal contém aditivos como iodetos (usados como suplemento alimentar) e vários agentes antiaglomerantes. Ele é processado para remover impurezas e contém antiaglutinantes como o fosfato de cálcio. Ao ser refinado o sal perde boa quantidade de minerais, e por isso, é acrescido de iodo, que é utilizado para prevenir o bócio (crescimento anormal da glândula tireóide), como uma medida de saúde pública.

Sal marinho - O sal marinho é mais recomendado porque é obtido pela evaporação da água do mar, o que o torna mais puro. Este tipo de sal não passa pelo processo de refinamento. O sal marinho é mais escuro e seu sabor é menos salgado que o do refinado. O sal marinho é o sal grosso, aquele usado em churrascos, só que moído. Na maior parte do mundo, o sal marinho é mais caro que o sal de mesa. Entretanto, no Brasil, em função da escala de produção, é o tipo mais comum e barato.
Por não ser refinado, o sal marinho mantém os microminerais que geralmente são removidos durante o processo de refinação, inclusive o iodo (o sal contém aproximadamente 84 minerais que são eliminados durante o refino).

O sal marinho pode ser grosso, fino ou em flocos. Pode ser branco, rosa, preto, cinza ou de uma combinação de cores, dependendo do lugar de onde vem e dos minerais contidos nele.

Alguns amantes da culinária afirmam que quantidades mais altas de microminerais podem deixar os sais marinhos com um sabor único e natural. Outros dizem que o sabor é o mesmo, mas que as cores e texturas diferentes podem fazer a diferença na aparência dos pratos. Em geral, os sais marinhos não são usados durante a preparação, mas sim para "finalizar" um prato.

Sal kosher - O sal kosher é usado para preparar carnes kosher, já que remove o sangue rapidamente. Muitos chefes de cozinha preferem usar este sal. Sua textura grossa facilita na hora de usá-lo e salpicá-lo sobre a comida durante ou depois do preparo. No entanto, ele não dissolve tão rápido quanto o sal de cozinha, então é melhor usar um sal mais fino quando fizer assados. Quando você substitui o sal kosher por sal de cozinha em uma receita, geralmente é necessário usar o dobro da quantidade porque os cristais de sal kosher são maiores e ocupam mais espaço. O sal kosher não é iodado, e por isso, muitos chefs afirmam que ele é melhor para cozinhar.

Sal de rocha - O sal de rocha é um sal grosso não refinado que geralmente contém impurezas não comestíveis. Mas ele tem um uso na culinária. Receitas de sorvetes caseiros costumam orientar que sal de rocha deve ser espalhado sobre o gelo ao redor do cilindro com a mistura de sorvete. O sal faz o gelo derreter mais rápido e a mistura de sal e água resultante congela a uma temperatura mais baixa do que se o gelo estivesse sozinho. Isso faz o sorvete congelar mais rápido. O sal de rocha também é espalhado sobre estradas e calçadas congeladas para derreter o gelo.

Consumo de sal pelos seres humanos

O sódio e o cloro no sal são eletrólitos, minerais que conduzem eletricidade em nossos fluidos e tecidos. Os outros eletrólitos principais são o potássio, o cálcio e o magnésio. Nossos rins controlam a quantidade de eletrólitos e água, regulando os fluidos que ingerimos e expelimos de nossos corpos. Se essa quantidade estiver alterada, nossos músculos, nervos e órgãos não irão funcionar corretamente porque as células não conseguem gerar contrações musculares e impulsos nervosos.

Apesar de necessitarmos do sal, é recomendado que ele seja consumido em pequenas quantidades. Consumido em excesso, o sal pode provocar problemas de saúde como hipertensão arterial (pressão alta) e funcionamento deficiente dos rins.

A Organização Mundial de Saúde recomenda que as pessoas consumam no máximo 2,0 gramas de sódio (o equivalente a uma colher de chá) por dia.

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